D.O.E.: 27/06/2008

RESOLUÇÃO CoG Nº 5458, DE 25 DE JUNHO DE 2008

(Alterada pela Resolução CoG 5462/2008)

Estabelece normas, dispõe sobre as disciplinas e respectivos programas para o Concurso Vestibular de 2009 da Universidade de São Paulo e dá outras providências.

A Pró-Reitora de Graduação da Universidade de São Paulo, tendo em vista o disposto no art 61 do Estatuto e considerando o deliberado pelo Conselho de Graduação, em Sessão realizada em 15 de maio e 05 de junho de 2008, baixa a seguinte

RESOLUÇÃO:

I – Disposições Gerais

Artigo 1º – O Concurso Vestibular de 2009 será feito por meio de provas que avaliem a aptidão intelectual do candidato para o estudo superior e os conhecimentos comuns às diversas formas de educação do Ensino Médio.

Artigo 2º – O Concurso Vestibular destina-se aos interessados que concluíram, ou estejam prestes a concluir, em 2008, curso de Ensino Médio ou equivalente, bem como aos portadores de diploma de curso superior oficial ou reconhecido, devidamente registrado.

Artigo 3º – Os candidatos habilitados à Universidade serão selecionados mediante processo classificatório, sendo aproveitadas, até seu limite, as vagas fixadas para os diferentes cursos, respeitado o número de quatro chamadas previsto no Manual do Candidato da FUVEST. Conforme disposto no Regimento Geral e no Estatuto da USP se, após a última chamada, restarem vagas não preenchidas pelos candidatos do Concurso Vestibular, essas serão destinadas aos processos de transferência e de ingresso de portadores de diploma de nível superior.

§ 1º – O Concurso Vestibular terá duas fases.

§ 2º – O Concurso Vestibular versará sobre o conjunto das disciplinas do núcleo comum do Ensino Médio: Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Português e Inglês, cujos programas estão registrados no Anexo II desta Resolução, e conterá algumas questões interdisciplinares.

§ 3º – O total de vagas fixado para os cursos de graduação da Universidade de São Paulo, relacionado no Anexo III desta Resolução, é de 10.557 (dez mil quinhentas e cinqüenta e sete).

Artigo 4º – A realização do Concurso Vestibular da Universidade de São Paulo, para 2009, ficará a cargo da Fundação Universitária para o Vestibular – FUVEST.

Parágrafo único – À FUVEST caberá, com a antecedência necessária, a responsabilidade de tornar públicos: datas e locais de realização das provas; datas, locais e formas de divulgação de listas de convocados, bem como todas as informações relacionadas ao Concurso Vestibular.

Artigo 5º – O Manual do Candidato será vendido em determinadas agências do Banco Santander no período de 04 de agosto a 10 de setembro de 2008. O pagamento da taxa de inscrição poderá ser feito em qualquer agência bancária. A taxa de inscrição, proposta pela FUVEST e aprovada pela Pró-Reitoria de Graduação, será de R$ 105,00 (cento e cinco reais).

II – Inscrições

Artigo 6º – A inscrição ao Concurso Vestibular será feita num dos postos de inscrição da FUVEST, relacionados no Manual do Candidato 2009, nos dias 07 e 14 de setembro de 2008, mediante apresentação do original do documento de identidade, pelo candidato, ou por apresentação de cópia autenticada do documento oficial, por seu procurador, na ocasião, também devidamente identificado.

Parágrafo único – O candidato de nacionalidade estrangeira deverá apresentar o original do documento de identidade de estrangeiro, expedido por autoridade brasileira, que comprove sua condição de morador temporário ou permanente no país.

Artigo 7º – Os cursos oferecidos pela USP agrupam-se em carreiras, de acordo com as áreas de conhecimento, conforme registrado na Tabela de Carreiras e Provas, constante do Anexo I desta Resolução.

§ 1º – O candidato deve inscrever-se em uma única carreira.

§ 2º- O candidato não poderá mudar de carreira após a entrega da ficha de inscrição.

§ 3º – Os candidatos às carreiras de Música e de Artes Plásticas poderão inscrever-se simultaneamente em uma segunda opção de carreira (exceto nas próprias de Música e de Artes Plásticas). Assim, na hipótese de não serem habilitados para as mesmas, poderão, ainda, concorrer a uma segunda opção.

Artigo 8º – No ato da inscrição ao Concurso Vestibular, o candidato optará:

I) pela carreira que desejar;

II) pelos cursos dessa carreira, até no máximo de quatro, em ordem de preferência, quando houver mais de um curso na carreira escolhida.

Parágrafo único – É proibido ao candidato inscrever-se mais de uma vez ao Concurso Vestibular. Caso isso ocorra, todas as inscrições serão anuladas.

III – Provas

Artigo 9º – Os candidatos às carreiras de Música e de Artes Plásticas, antes da realização da 1ª fase, serão submetidos a um conjunto de provas de Habilidades Específicas, de caráter eliminatório, conforme o que se segue:

I) Às provas específicas de Música, será atribuído um valor máximo de 120 (cento e vinte) pontos que serão computados apenas para os que forem selecionados para a 2ª fase; aqueles que não tiverem aproveitamento igual ou superior a 50% (cinqüenta por cento) nesse conjunto de provas ficarão excluídos da referida carreira de Música.

II) Às provas específicas de Artes Plásticas, será atribuído um valor máximo de 80 (oitenta) pontos que serão computados apenas para os que forem selecionados para a 2ª fase, sendo considerados aprovados aqueles candidatos com as maiores notas, na proporção de quatro candidatos por vaga oferecida.

Artigo 10 – Em todas as carreiras, a 1ª fase será constituída por prova de Conhecimentos Gerais, sob a forma de testes de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas, sendo apenas uma correta, entendendo-se por Conhecimentos Gerais o conjunto de disciplinas que constituem o núcleo comum obrigatório do Ensino Médio, conforme mencionado no § 2º do Artigo  3º.

§ 1º – A prova será constituída de 90 questões, valendo 1 ponto cada uma. Portanto, a nota máxima possível nessa prova será 90 pontos.

§ 2º – Os candidatos ao Concurso Vestibular de 2009 da USP poderão solicitar, no ato da inscrição, o aproveitamento da nota de Conhecimentos Gerais, obtida no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, em 2007 ou 2008, para a 1ª fase da FUVEST, segundo os critérios:

I) Só poderá ser aproveitada a nota de um desses dois exames do ENEM, referidos no parágrafo acima.

II) A FUVEST escolherá o melhor resultado obtido pelo candidato no ENEM nesses 2 anos;

III) A nota a ser contabilizada na 1ª fase da FUVEST será calculada como se segue:

Nota da Primeira Fase =  4XF + 1XE

                                      5

em que F é o número de pontos obtido na prova de 1ª fase da FUVEST e E é o número de pontos obtido na prova do ENEM, normalizada, sem levar em conta a prova de Redação do referido exame. A nota do ENEM será normalizada para a mesma escala de notas da FUVEST. Para efeito de classificação no Concurso Vestibular 2009, a nota calculada pela fórmula anterior será aproximada ao décimo da unidade. Porém, apenas para efeito de convocação para a 2ª fase, quando for o caso, as notas serão arredondadas para o número inteiro imediatamente superior.

IV) Se o candidato não tiver realizado nenhum exame do ENEM em 2007 ou 2008, ou se o valor calculado pela fórmula do item III for inferior ao valor de F, referido no citado item III, será contabilizado, como nota de 1ª fase, o valor de F.

Artigo 11 – A 2ª fase será constituída por um conjunto de até 4 (quatro) provas de natureza analítico-expositiva, sendo uma, necessariamente, de Português e, eventualmente, outras, conforme indica a Tabela de Carreiras e Provas, constante do  Anexo I desta Resolução.

§ 1º – A prova de Português incluirá a elaboração de uma Redação.

§ 2º – A prova de Português valerá 40 (quarenta) ou 80 (oitenta) pontos, dependendo da carreira, sendo a nota arredondada, quando for o caso, ao décimo de ponto.

§ 3º – A Redação valerá a metade da prova de Português.

§ 4º – Nas demais provas a que se refere este artigo, os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 40 (quarenta), exceto nas carreiras de Arquitetura – São Paulo e Design, em que os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 20 (vinte); Arquitetura – São Carlos, em que os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 20 (vinte) e ainda na carreira de Matemática Aplicada – Ribeirão Preto, na qual os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 80 (oitenta).

Artigo 12 – Na 2ª fase, serão realizadas provas de Habilidades Específicas, de caráter classificatório, para as carreiras de: Artes Cênicas (Bacharelado e Licenciatura), Curso Superior do Audiovisual, Arquitetura e Design, que terão a seguinte pontuação:

I) 80 (oitenta) pontos nas carreiras de Artes Cênicas – Bacharelado e Licenciatura, e Curso Superior do Audiovisual;

II) 80 (oitenta) pontos nas carreiras de Arquitetura – São Paulo e Design;

III) 40 (quarenta) pontos na carreira de Arquitetura – São Carlos.

Artigo 13 – O número máximo de pontos, a ser atingido no conjunto de provas da 2ª fase, será de 160, indicados na Tabela que constitui o Anexo I desta Resolução.

IV – Classificação e matrícula

Artigo 14 – Em cada carreira, serão convocados para a 2ª fase os candidatos melhor classificados com base na nota da 1ª fase, em número igual a três vezes o número de vagas em cada carreira. A nota obtida pelo último candidato convocado para a 2ª fase, em cada carreira, é definida como a Nota de Corte da carreira.

§ 1º – Em hipótese alguma, serão convocados para a 2ª fase candidatos que obtiverem um número de acertos inferior a 22 questões na prova de 1ª fase da FUVEST.

§ 2º – Ocorrendo empate na última colocação correspondente a cada carreira, serão admitidos para a 2ª fase todos os candidatos nessa condição.

Artigo 15 – Os candidatos que cursaram o Ensino Médio integralmente em escolas públicas no Brasil poderão optar pelo Sistema de Pontuação Acrescida. Neste caso, esses candidatos terão um fator de acréscimo de 3% nas notas da 1ª e 2ª fases. A bonificação poderá ser acrescida de até mais 6% dependendo do desempenho do candidato no ENEM de 2007 ou 2008. Candidatos que estiverem cursando o 3o ano do Ensino Médio regular em 2008 em escolas vinculadas à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e participarem do Programa de Avaliação Seriada da USP (PASUSP) poderão receber até mais 3%, totalizando um bônus de 12%. A concessão da bonificação adicional de até mais 6% pela participação no ENEM e de até mais 3% pela participação no PASUSP seguirá os seguintes critérios:

I) A bonificação adicional de até mais 6% para candidatos que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas públicas será calculada com base no número de pontos na prova objetiva do ENEM de 2007 ou 2008, empregando-se a seguinte expressão, válida desde que o número de pontos no ENEM (NE) seja maior do que 15:

Bônus ENEM (em %) =  6 (NE – 15)

                                      48

II) No caso do bônus adicional para candidatos participantes do PASUSP, o cálculo será efetuado empregando-se a expressão abaixo, em que a variável NP equivale ao número de pontos do candidato na prova específica do PASUSP (que conterá 50 questões objetivas), válida desde que NP seja maior do que 12:

Bônus do PASUSP (em %) =  3 (NP – 12)

                                                 38

Se NE for igual ou menor do que 15, o bônus correspondente ao ENEM será nulo. Se NP for igual ou menor do que 12, o bônus correspondente ao PASUSP será nulo.

Desta forma, além dos candidatos convocados para a 2ª fase, de acordo com os critérios descritos no Artigo 14, serão também convocados aqueles que optaram pelo Sistema de Pontuação Acrescida e que, após o acréscimo da nota da 1ª fase segundo o bônus obtido, atingirem a Nota de Corte da carreira para a qual estão prestando o Concurso Vestibular.

§ 1º – Para efeito deste Edital, são consideradas escolas públicas brasileiras aquelas mantidas pela administração municipal, estadual ou federal. Os candidatos que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas no exterior não poderão beneficiar-se do Sistema de Pontuação Acrescida.

§ 2º – Candidatos que fizeram exame supletivo, de madureza ou Educação de Jovens e Adultos (EJA), na forma presencial ou semipresencial/presença flexível, também poderão optar pelo Sistema de Pontuação Acrescida, caso tenham feito seus estudos em escolas públicas, conforme a Lei nº 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

§ 3º – Bolsistas de escolas particulares ou pertencentes a fundações, ainda que gratuitas, não poderão beneficiar-se do Sistema de Pontuação Acrescida.

§ 4º – Constatada, a qualquer tempo, a falsidade das informações a que se refere o Artigo 15, sujeitar-se-á o infrator às penalidades previstas na legislação civil e penal e terá cancelada sua matrícula junto à USP.

§ 5º – No caso de candidatos provenientes de escola pública que receberem bonificação, a nota da 1ª fase não poderá exceder 90 pontos e a da 2ª fase, 160 pontos, sendo abandonados os pontos que excederem esses limites.

Artigo 16 – A nota final, utilizada para a classificação, será obtida multiplicando-se por 1.000 (mil) o número total de pontos conseguido pelo candidato, no conjunto de provas da 1ª e da 2ª fases exigidas em sua carreira e dividindo-se o resultado por 320, número máximo de pontos possíveis nessas provas, arredondando-se, quando necessário, ao décimo de ponto.

§ 1º – A nota da 1ª fase será convertida para uma escala de 0 a 160 pontos.

§ 2º – Os pesos da 1ª e da 2ª fases serão iguais. Portanto, a nota da 2ª fase de candidatos inscritos em carreiras, cuja soma dos pontos das provas não atingir 160 (ver Anexo I desta Resolução), será obtida multiplicando-se o número de pontos por fator apropriado para efeito de normalização.

§ 3º – Ficará excluído do Concurso Vestibular o candidato que obtiver nota 0 (zero) em qualquer das provas da segunda fase.

Artigo 17 – A classificação dos candidatos será feita pela ordem decrescente das notas finais.

Parágrafo único – O desempate será feito, sucessivamente, por:

a) Número total de pontos obtido no conjunto das provas da 2ª fase;

b) Número de pontos obtido na prova de Português da 2ª fase ou, quando houver, na prova de Habilidades Específicas;

c) Critério de idade, dando-se preferência ao candidato de mais idade até que se completem as vagas.

Artigo 18 – Os resultados do Concurso Vestibular serão válidos, apenas, até a última chamada constante do Manual do Candidato. Parágrafo único – Não será necessária a guarda da documentação dos candidatos por prazo superior a 1 (um) ano, após a realização do Concurso Vestibular.

Artigo 19 – A matrícula dos candidatos classificados para admissão aos Cursos de Graduação da USP dependerá, obrigatoriamente, da apresentação de:

I) certificado de conclusão de curso de Ensino Médio ou equivalente e respectivo histórico escolar ou diploma de curso superior devidamente registrado (uma cópia);

II) documento de identidade oficial (uma cópia);

III) uma foto 3×4, datada, com menos de um ano.

§ 1º – A entrega dos documentos mencionados nas alíneas I e II deste artigo deverá ser acompanhada da apresentação do respectivo original ou de cópia autenticada.

§ 2º – Os candidatos que usufruírem o direito do Sistema de Pontuação Acrescida, nos termos do Artigo 15, deverão apresentar, no ato da matrícula, histórico escolar e certificado de conclusão do Ensino Médio que comprovem a realização integral do referido curso em escola pública do Brasil.

§ 3º – Após cada chamada, o candidato que não comparecer ao local de matrícula, ou que não se fizer representar por seu procurador, nas datas e horários previstos, ficará definitivamente excluído do Concurso Vestibular, sendo ineficazes todos os atos praticados até esse momento.

§ 4º – A efetivação da matrícula dos candidatos convocados, em 1ª e 2ª chamadas, estará sujeita à confirmação da mesma, que deverá ser feita pessoalmente pelo ingressante ou por procuração, junto ao Serviço de Graduação de sua Unidade, em período a ser estabelecido no Calendário Escolar de 2009. A ausência de manifestação do interessado implicará o cancelamento automático de sua vaga na USP.

§ 5º – O candidato de nacionalidade estrangeira deverá apresentar o documento de identidade de estrangeiro que comprove sua condição temporária ou permanente no país.

§ 6º – O candidato que tenha realizado no exterior estudos equivalentes ao Ensino Médio, no todo ou em parte, deverá apresentar reconhecimento de equivalência de estudos, por Secretaria de Educação.

§ 7º – Os documentos escolares apresentados em língua estrangeira, acompanhados da respectiva tradução oficial, deverão ter o visto do país de origem e da autoridade consular brasileira.

Artigo 20 – Para os cursos da USP, sábado é considerado dia letivo.

Artigo 21 – O desrespeito às normas que regem o Concurso Vestibular, bem como a desobediência às exigências registradas no Manual do Candidato, além de sanções legais cabíveis, implicam a desclassificação do candidato.

Artigo 22 – O candidato que, dentro do prazo destinado à matrícula, não cumprir as exigências do Artigo 19, não poderá matricular-se na USP, ficando sem efeito as notas ou a classificação que lhe tiverem sido atribuídas nas provas do Concurso Vestibular.

Artigo 23 – Será expressamente vedada, em qualquer hipótese, a permuta de vagas ou períodos entre candidatos classificados no Concurso Vestibular, ainda que se trate de cursos Diurno e Noturno da mesma Unidade Universitária.

Artigo 24 – É vedado o ingresso, em cursos de graduação da USP, aos alunos matriculados em cursos de graduação de outra instituição pública de ensino superior, cancelando-se automaticamente a matrícula na USP, se tal ocorrência for constatada.

Artigo 25 – É vedada a realização simultânea de mais de um curso de graduação na USP. O aluno já matriculado em curso de Graduação da USP e que, em virtude de aprovação no Concurso Vestibular a que se refere esta Resolução, efetuar matrícula em qualquer curso desta Universidade, será automaticamente desligado do anterior.

Artigo 26 – Os casos omissos serão decididos pelo Conselho de Graduação.

Artigo 27 – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário (Processo 2008.1.5677.1.6).

Reitoria da Universidade de São Paulo, aos 25 de junho de 2008.

SELMA GARRIDO PIMENTA Pró-Reitora de Graduação

MARIA FIDELA DE LIMA NAVARRO Secretária Geral


ANEXO I

TABELA DE CARREIRAS E PROVAS

P – Português; M – Matemática; F – Física; Q – Química; B – Biologia; H – História; G – Geografia; PE – Prova Específica.

ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CARREIRAS

 PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS

1) Engenharia na Escola Politécnica, Computação (Bach.) – São Paulo P(40), M(40), F(40), Q(40)
2) Matemática e Física – São Paulo (Licenciatura) P(40), M(40), F(40)
3) Matemática (Bach. e Lic.), Matemática Aplicada e Computação Científica e Bacharelado em Estatística – São Carlos P(40), M(40), F(40)
4) Ciências Exatas – São Carlos (Licenciatura) P(40), M(40)
5) Computação – São Carlos P(40), M(40), F(40)
6) Informática – São Carlos P(40), M(40), F(40)
7) Informática Biomédica – Ribeirão Preto P(40), M(40), F(40), B(40)
8) Engenharia Civil – São Carlos P(40), M(40), F(40)
9) Engenharias – São Carlos (Elétrica – Ênfase em Eletrônica, Elétrica – Ênfase Sistemas de Energia e Automação, Mecânica, Produção Mecânica, Mecatrônica, Computação) P(40), M(40), F(40)
10) Engenharia Ambiental – São Carlos P(40), M(40), F(40), Q(40)
11) Engenharia Aeronáutica – São Carlos P(40), M(40), F(40)
12) Física – São Paulo e São Carlos (Bach.), Meteorologia e Astronomia (Bach.), Geofísica, Matemática e Estatística (Bach.), Matemática Aplicada e Matemática Aplicada e Computacional (Bach.) – São Paulo, e Física Computacional (Bach.) – São Carlos P(40), M(40), F(40)
13) Física Médica – Ribeirão Preto P(40), M(40), F(40)
14) Geologia P(40), M(40), F(40), Q(40)
15) Lic. em Geociências e Educação Ambiental P(40), F(40), Q(40), G(40)
16) Química (Bacharelado e Licenciatura) – São Paulo P(40), M(40), F(40), Q(40)
17) Licenciatura em Química – São Paulo P(40), M(40), F(40), Q(40)
18) Bacharelado em Química Ambiental – São Paulo P(40), M(40), F(40), Q(40)

19) Química (Bacharelado e Bacharelado com Atribuições Tecnológicas com    Ênfase em Alimentos, Ambiental, Gestão de Qualidade e Materiais) – São Carlos

P(40), Q(40)
20) Química (Bacharelado) – Ribeirão Preto P(80), Q(40)
21) Química (Licenciatura) – Ribeirão Preto P(80), Q(40)
22) Engenharia de Alimentos – Pirassununga P(40), M(40), F(40), Q(40)
23) Engenharia de Biossistemas – Pirassununga P(40), M(40), B(40), F(40)
24) Oceanografia – São Paulo P(40), M(40), B(40), Q(40)
25) Matemática Aplicada – Ribeirão Preto P(40), M(80), G(40)
26) Ciências Biomoleculares – São Carlos P(40), M(40), F(40), B(40)
27) Ciências da Natureza – USP Leste – SP P(40), Q(40), B(40), F(40)
28) Sistemas de Informação – USP Leste – SP P(40), M(40)
29) Engenharia de Materiais – Lorena P(40), M(40), F(40), Q(40)
30) Engenharia Química – Lorena P(40), M(40), F(40), Q(40)
31) Engenharia Industrial Química – Lorena P(40), M(40), F(40), Q(40)
32) Engenharia Bioquímica – Lorena P(40), M(40), F(40), Q(40)
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CARREIRAS PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS
1) Ciências Biológicas – São Paulo P(40), Q(40), B(40)
2) Ciências Biológicas – Ribeirão Preto P(40), Q(40), B(40)
3) Ciências Biológicas – Piracicaba P(80), Q(40), B(40)
4) Medicina (São Paulo) e Ciências Médicas (Ribeirão Preto) P(40), F(40), Q(40), B(40)
5) Educação Física – Bacharelado e Licenciatura (São Paulo) P(40), F(40), B(40), H(40)
6) Educação Física – Bacharelado e Licenciatura (Ribeirão Preto) P(40), F(40), B(40), Q(40)
7) Esporte – Bacharelado P(40), B(40), Q(40)
8) Enfermagem – São Paulo P(40), B(40), Q(40)
9) Enfermagem – Ribeirão Preto P(80), B(40), Q(40)

10) Licenciado em Enfermagem – Ribeirão Preto

P(80), B(40), H(40)
11) Engenharia Agronômica – Piracicaba P(40), M(40), Q(40), B(40)
12) Engenharia Florestal – Piracicaba P(40), M(40), Q(40), B(40)
13) Ciências dos Alimentos – Piracicaba P(40), B(40), Q(40)
14) Farmácia-Bioquímica – São Paulo P(40), F(40), Q(40), B(40)
15) Farmácia-Bioquímica – Ribeirão Preto P(40), F(40), Q(40), B(40)
16) Fisioterapia – São Paulo P(40), F(40), Q(40), B(40)
17) Fisioterapia – Ribeirão Preto P(40), F(40), Q(40), B(40)
18) Fonoaudiologia – São Paulo P(80), F(40), B(40)
19) Fonoaudiologia – Bauru P(40), F(40), Q(40), B(40)
20) Fonoaudiologia – Ribeirão Preto P(80), F(40), B(40)
21) Medicina Veterinária – São Paulo e Pirassununga P(40), F(40), Q(40), B(40)
22) Medicina Veterinária – Pirassununga P(40), F(40), Q(40), B(40)
22) Nutrição P(40), F(40), Q(40), B(40)
23) Nutrição e Metabolismo – Ribeirão Preto P(40), F(40), B(40), Q(40)
24) Odontologia – São Paulo P(40), F(40), Q(40), B(40)
25) Odontologia – Ribeirão Preto P(40), F(40), Q(40), B(40)
26) Odontologia – Bauru P(40), F(40), Q(40), B(40)
27) Psicologia – São Paulo P(40), M(40), B(40), H(40)
28) Psicologia – Ribeirão Preto P(80), B(40), H(40)
29) Terapia Ocupacional – São Paulo P(80), B(40), H(40)
30) Terapia Ocupacional – Ribeirão Preto P(80), B(40), H(40)
31) Zootecnia – Pirassununga P(40), M(40), Q(40), B(40)
32) Gerontologia – USP Leste – SP P(40), M(40), B(40), H(40)
33) Obstetrícia – USP Leste – SP P(40), M(40), B(40), H(40)
34) Ciências da Atividade Física – USP Leste – SP P(40), F(40), B(40), H(40)

ÁREA DE HUMANIDADES

CARREIRAS PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS
1) Artes Cênicas (Bacharelado) P(40), H(40) PE(80)
2) Artes Cênicas (Licenciatura) P(40), H(40), PE(80)
3) Artes Plásticas P(40), H(40), PE(80)
4) Música – São Paulo P(40), PE(120)
5) Música – Ribeirão Preto P(40), PE(120)
6) Audiovisual P(40), H(40), PE(80)
7) Editoração P(40), H(40)
8) Jornalismo P(80), H(40), G(40)
9) Publicidade e Propaganda P(40), H(40)
10) Relações Públicas P(40), H(40)
11) Biblioteconomia P(40), H(40)
12) Turismo P(80), H(40), G(40)
13) Arquitetura – São Paulo P(40), F(20), H(20), PE (80)
14) Arquitetura – São Carlos P(80), H(40), PE(40)
15) Administração – Ribeirão Preto P(40), M(40), H(40), G(40)
16) Ciências Contábeis – Ribeirão Preto P(40), M(40), H(40), G(40)
17) Design P(40), F(20), H(20), PE(80)
18) Economia, Administração, Ciências Contábeis e Atuária – São Paulo P(40), M(40), H(40), G(40)
19) Economia – Ribeirão Preto P(40), M(40), H(40), G(40)
20) Economia Empresarial e Controladoria – Rib. Preto P(40), M(40), F(40), H(40)
21) Ciências Econômicas – Piracicaba P(40), M(40), H(40), G(40)
22) Gestão Ambiental – Piracicaba P(80), B(40), H(40)
23) Direito – São Paulo e Ribeirão Preto P(80), H(40), G(40)
24) Relações Internacionais (Bacharelado) P(80), H(40), G(40)
25) Ciências da Informação e da Documentação (Bacharelado) – Ribeirão Preto P(80), H(40), G(40)
26) Ciências Sociais P(80), H(40), G(40)
27) Filosofia P(80), H(40), G(40)
28) Geografia P(80), H(40), G(40)
29) História P(80), H(40), G(40)
30) Letras – Básico P(80), H(40), G(40)
31) Pedagogia – São Paulo P(80), H(40)
32) Pedagogia – Ribeirão Preto P(80), H(40), G(40)
33) Gestão Ambiental – USP Leste – SP P(40), F(40), Q(40), B(40)
34) Gestão de Políticas Públicas – USP Leste – SP P(40), M(40), H(40), G(40)
35) Lazer e Turismo – USP Leste – SP P(40), M(40), H(40), G(40)
36) Marketing – USP Leste – SP P(40), M(40), H(40), G(40)
37) Arte e Tecnologia – USP Leste – SP P(40), H(40), F(40)

ANEXO II

PROGRAMAS

BIOLOGIA

O candidato deve ter conhecimentos fundamentais em Biologia que possibilitem compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico; deve reconhecer que tais sistemas se perpetuam por meio da reprodução e se modificam no tempo em função de fatores evolutivos, originando a diversidade de organismos e as intrincadas relações de dependência entre eles.

Espera-se que o candidato conheça os fundamentos básicos da investigação científica, reconheça a ciência como uma atividade humana em constante transformação, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, compreenda e interprete impactos do desenvolvimento científico e tecnológico na sociedade e no ambiente.

O exame de Biologia avaliará a formação do candidato considerando o acima exposto e os conhecimentos específicos contidos no programa a seguir, sem valorizar a extensa memorização da terminologia biológica, nem detalhes dos processos bioquímicos.

PROGRAMA

I. BIOLOGIA CELULAR

I.1. Estrutura e fisiologia da célula

O candidato deve: (a) reconhecer a célula como unidade da vida, como um sistema organizado em que ocorrem as reações químicas vitais, catalisadas por enzimas; (b) reconhecer que esse sistema está em constante interação com o ambiente, realizando trocas controladas pela membrana celular, transformando materiais e incorporando-os como seus principais constituintes (proteínas, glicídios, lipídios, ácidos nucléicos, vitaminas e água); (c) distinguir os dois tipos fundamentais de célula (procariótica e eucariótica), reconhecendo a existência de organelas celulares com funções específicas; (d) reconhecer a existência de processos de manutenção/reprodução da célula, compreendendo como o material genético controla o funcionamento celular; (e) reconhecer a mitose como um processo fundamental para a correta distribuição do material genético para as células-filhas e a importância do citoesqueleto e da organização cromossômica nesse processo.

Tópicos

  • Estrutura e função das principais substâncias orgânicas e inorgânicas que compõem as células vivas: proteínas, glicídios, lipídios, ácidos nucléicos, vitaminas, água e nutrientes minerais essenciais.

  • Organização básica de células procarióticas e eucarióticas.

  • Fisiologia celular: transporte através da membrana plasmática e endocitose; funções das organelas celulares; citoesqueleto e movimento celular; núcleo e seu papel no controle das atividades celulares.

  • Ciclo de vida das células: interfase e mitose.

  • A hipótese da origem endossimbiótica de mitocôndrias e plastos.

II. A CONTINUIDADE DA VIDA NA TERRA

II.1. Hereditariedade e natureza do material hereditário

O candidato deve: (a) compreender as relações entre DNA, gene e cromossomo, reconhecendo que genes são segmentos discretos de moléculas de DNA com informações genéticas codificadas em sua seqüência de bases nitrogenadas; (b) relacionar a segregação e a segregação independente com os eventos cromossômicos que ocorrem na meiose; (c) compreender como as informações genéticas codificadas no DNA fornecem instruções para a fabricação de proteínas e como estas, ao definirem a estrutura e o funcionamento das células, determinam as características dos organismos; (d) conhecer o princípio básico de duplicação do DNA e que este pode estar sujeito a erros – mutações – que originam novas versões (alelos) do gene afetado; (e) compreender que mutações ocorridas em células germinativas podem ser passadas para as gerações futuras; (f) conhecer o emprego tecnológico da transferência de genes, reconhecendo que a manipulação laboratorial do DNA permite a identificação de indivíduos, o estabelecimento de relações de parentesco entre eles e a transferência de genes entre organismos de espécies diversas, originando os chamados transgênicos; (g) saber avaliar as vantagens e desvantagens dos avanços das técnicas de clonagem, de manipulação do DNA e dos “Projetos Genoma”, considerando valores éticos, morais, religiosos, ecológicos e econômicos.

Tópicos

As bases moleculares da hereditariedade: estrutura do DNA; código genético e síntese de proteínas; mutação gênica e a origem de novos alelos.

Fundamentos da Genética Clássica: conceito de gene e de alelo; as leis da segregação e da segregação independente; relação entre genes e cromossomos; meiose e sua relação com a segregação e com a segregação independente; conceito de genes ligados; padrão de herança de genes ligados ao cromossomo sexual.

Manipulação genética e clonagem: aspectos éticos, ecológicos e econômicos.

II.2. Processos de evolução orgânica

O candidato deve: (a) reconhecer a evolução como teoria unificadora dos conhecimentos biológicos, compreendendo a mutação como a fonte primária de variabilidade genética e a seleção natural como principal força direcionadora da evolução; (b) compreender a evolução como um processo relativo à população e não a indivíduos, compreendendo o papel do isolamento reprodutivo na especiação; (c) conhecer os eventos marcantes da história da vida na Terra em sua dimensão espaço-temporal: origem da vida, evolução dos processos de obtenção de energia, surgimento da condição eucariótica e da multicelularidade, diversificação dos seres vivos no ambiente aquático e conquista do ambiente de terra firme, reconhecendo os fósseis como evidência da evolução; (d) reconhecer a espécie humana como resultado do processo evolutivo.

Tópicos

Idéias fixista, lamarkista e darwinista como tentativas científicas para explicar a diversidade de seres vivos, influenciadas por fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

Teoria sintética da evolução: mutação e recombinação como fontes de variabilidade genética; seleção natural.

Isolamento reprodutivo e formação de novas espécies.

Grandes linhas da evolução: conceito de tempo geológico; documentário fóssil; origem da vida; origem e evolução dos grandes grupos de seres vivos; origem e evolução da espécie humana.

III. A DIVERSIDADE DA VIDA NA TERRA

III.1. Vírus, bactérias, protistas e fungos

O candidato deve: (a) reconhecer os vírus como parasitas intracelulares dependentes do metabolismo da célula hospedeira para se reproduzir; (b) compreender a etiologia, os modos de transmissão e a importância da prevenção de doenças causadas por vírus (gripe, poliomielite, sarampo, varíola, febre amarela, dengue); (c) conhecer a importância econômica e ecológica das bactérias; (d) conhecer os modos de transmissão e prevenção de doenças causadas por bactérias e os princípios de tratamentos por antibióticos; (e) caracterizar algas como organismos autotróficos fotossintetizantes e compreender sua importância ecológica; (f) conhecer os ciclos de vida dos protozoários parasitas do ser humano para propor medidas profiláticas adequadas; (g) conhecer o papel ecológico desempenhado pelos fungos e sua importância econômica na alimentação e na indústria.

Tópicos

Características gerais e aspectos básicos da reprodução dos vírus, bactérias, protistas e fungos.

Importância ecológica e econômica desses organismos.

Prevenção das principais doenças humanas causadas por esses seres.

III.2. Plantas

O candidato deve: (a) conhecer as adaptações morfológicas e os ciclos de vida dos principais grupos de plantas, sem se deter na memorização dos detalhes de cada um, e relacionar a evolução dos processos reprodutivos com a adaptação das plantas ao ambiente terrestre; (b) conhecer a organização básica do corpo de uma angiosperma, considerando a morfologia externa da raiz, do caule e da folha, sem detalhes histológicos da morfologia interna, compreendendo o significado evolutivo do surgimento da flor, do fruto e da semente; (c) conhecer os aspectos fundamentais do desenvolvimento das angiospermas e compreender como elas obtêm água e sais minerais, realizam fotossíntese, transportam e armazenam nutrientes, relacionando os principais fatores ambientais e hormonais que interferem nesses processos.

Tópicos

Características gerais de briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Evolução das plantas e adaptações morfológicas e reprodutivas ao ambiente terrestre.

Angiospermas: organização morfológica básica, crescimento e desenvolvimento; nutrição e transporte; reprodução.

III.3. Animais

O candidato deve: (a) reconhecer que todos os animais estão sujeitos aos mesmos problemas para sua sobrevivência, tais como, recepção de estímulos do meio, integração e resposta, obtenção, transformação e distribuição de alimento, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seus corpos, remoção de produtos finais do metabolismo de proteínas e perpetuação da espécie; (b) conhecer os ciclos de vida dos principais animais parasitas do ser humano de modo a compreender as medidas profiláticas para se evitarem essas parasitoses.

Tópicos

Comparação dos principais grupos de animais (poríferos, cnidários, platelmintes, nemátodas, moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) quanto à alimentação, locomoção, respiração, circulação, excreção, osmorregulação e reprodução, relacionando essas características aos respectivos hábitats.

Ciclos de vida dos principais animais parasitas do ser humano e medidas profiláticas.

III.4. A espécie humana

O candidato deve: (a) reconhecer o organismo humano como um sistema organizado e integrado ao ambiente, sujeito aos mesmos problemas básicos de sobrevivência que os outros animais; (b) compreender os princípios básicos que regem a digestão, a absorção e o transporte de nutrientes, a função cardíaca e a circulação do sangue e da linfa, as funções do sangue e da linfa, a imunidade, a função renal e a regulação de água e sais, a ventilação pulmonar, as trocas gasosas e o transporte de gases, a interação músculo-esqueleto na estruturação do corpo e na realização de movimentos, e o mecanismo da contração muscular; (c) compreender os sistemas nervoso, sensorial e hormonal como os responsáveis pelo controle das funções vitais: organização funcional do sistema nervoso, impulso nervoso e transmissão sináptica, receptores sensoriais (audição, visão, olfação, gustação) e receptores mecânicos, principais glândulas endócrinas, seus hormônios e suas funções; (d) conhecer os sistemas genitais masculino e feminino, compreender o controle hormonal dos eventos ovarianos e uterinos no ciclo menstrual, os modos de ação e as vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos, assim como as principais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), os modos de transmissão e a importância da prevenção; (e) compreender a saúde humana como bem estar físico, social e psicológico, reconhecendo a importância de procedimentos individuais, coletivos e institucionais na preservação da saúde individual e coletiva.

Tópicos

Estrutura básica e fisiologia dos sistemas: tegumentar, muscular, esquelético, respiratório, digestório, cardiovascular, imunitário, urinário, endócrino, nervoso, sensorial e genital.

Nutrição: requisitos nutricionais fundamentais e desnutrição.

Reprodução: gametogênese, concepção, contracepção, gravidez e parto; regulação neuro-endócrina da reprodução; doenças sexualmente transmissíveis.

Saúde: conceito e indicadores (expectativa de vida e índice de mortalidade infantil); determinantes sociais do processo saúde-doença; endemias e epidemias (aspectos conceituais); a importância do controle ambiental, do saneamento básico, da vigilância sanitária e epidemiológica e dos serviços de assistência à saúde; consumo de drogas e saúde.

IV. OS SERES VIVOS E O AMBIENTE

IV.1. Populações, comunidades e ecossistemas

O candidato deve: (a) compreender a complexa inter-relação dos organismos nas cadeias e teias alimentares, reconhecendo a importância da fotossíntese na manutenção da vida na Terra; (b) compreender a dimensão espaço-temporal do estabelecimento dos ecossistemas e as relações entre as diferentes espécies de uma comunidade; (c) reconhecer os grandes biomas terrestres: tundra, taiga, campos e desertos e os principais ecossistemas brasileiros: florestas, cerrados, caatingas, campos, manguezais e complexo pantaneiro.

Tópicos

O fluxo de energia e os ciclos da matéria nos ecossistemas.

Dinâmica das populações e das comunidades biológicas: crescimento, interações, equilíbrio e sucessão.

Características gerais dos principais biomas terrestres e dos ecossistemas brasileiros.

IV. 2. Ecologia humana

O candidato deve: (a) analisar o crescimento populacional humano e avaliar as perspectivas futuras, considerando a produção de alimentos, uso do solo, a disponibilidade de água potável, o problema do esgoto, do lixo e da poluição; (b) reconhecer a necessidade de manejo adequado dos recursos naturais.

Tópicos

O crescimento da população humana e a utilização dos recursos naturais, sob aspectos históricos e perspectivas.

Alterações provocadas nos ecossistemas pela atividade humana: erosão e desmatamento; poluição do ar, da água e do solo; perda de hábitats e extinção de espécies biológicas.

O problema do lixo, armazenamento e reciclagem; o problema do esgoto e o tratamento da água.

 FÍSICA

As questões de Física terão como objetivo avaliar a compreensão física do mundo natural e tecnológico, desenvolvida pelo candidato, com especial ênfase aos temas e aspectos de maior significado para sua participação e atuação no mundo contemporâneo.

Espera-se que ele demonstre domínio de conhecimento e capacidade de reflexão investigativa, em situações que tenham dimensão tanto prática, quanto conceitual ou sócio-cultural. Dessa forma, seu conhecimento físico não deverá reduzir-se à memorização ou ao uso automatizado de fórmulas, mas deverá incluir a compreensão das relações nelas expressas, enfatizando-se a visão de mundo que os conceitos, leis e princípios físicos proporcionam. Seu conhecimento físico deve ser entendido como um instrumento para a compreensão do mundo que o rodeia.

Na primeira fase, o objetivo é avaliar um conhecimento físico com maior ênfase em seus aspectos prático e qualitativo, que se deve esperar de qualquer cidadão universitário, independente de sua futura área de formação.

Na segunda fase, deverá ser avaliada ainda uma competência investigativa mais aprofundada, além de um maior domínio do instrumental físico e de abordagens quantitativas.

A compreensão dos temas específicos de Física deverá ser avaliada num contexto em que estejam incluídos:

I. Reconhecimento de grandezas significativas para a interpretação de fenômenos físicos presentes em situações cotidianas, experimentos simples, fenômenos naturais ou processos tecnológicos. Significado das grandezas físicas, além dos procedimentos, unidades e instrumentos de medida correspondentes. Noção de ordem de grandeza, relações de proporcionalidade e escala.

II. Compreensão dos princípios gerais e leis da Física, seus âmbitos e limites de aplicabilidade. Utilização de modelos adequados (macroscópicos ou microscópicos) para a interpretação de fenômenos e previsão de comportamentos. Utilização de abordagens com ênfase fenomenológica, especialmente em temas mais complexos.

III. Domínio da linguagem física, envolvendo representação gráfica, formulação matemática e/ou linguagem verbal-conceitual para expressar ou interpretar relações entre grandezas e resultados de experiências.

IV. Reconhecimento da construção da Física, enquanto um processo histórico. Contribuição da construção da Física para o desenvolvimento tecnológico e sua dimensão sócio-cultural.

PROGRAMA

Mecânica

1. Movimento, Forças e Equilíbrio

1. Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).

2. Forças modificando movimentos: variação da quantidade de movimento, impulso de uma força, relação entre força e aceleração.

3. Inércia e sua relação com sistemas de referência.

4. Conservação da quantidade de movimento (escalar e vetorial). Forças de ação e reação.

5. Força peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta.

6. Composição de forças, momento de força e máquinas simples.

7. Condições de equilíbrio, centro de massa.

8. Descrição de movimentos: movimento linear uniforme e uniformemente variado; movimento bidimensional (composição de movimentos); movimento circular uniforme.

2. Energia Mecânica e sua Conservação
1. Trabalho de uma força. Potência.

2. Energia cinética. Trabalho e variação de energia cinética.

3. Sistemas conservativos: energia potencial, conservação de energia mecânica.

4. Sistemas dissipativos: conservação da energia total.
3. O Sistema Solar e o Universo

1. O Sistema Solar: evolução histórica de seus modelos.

2. Lei da Gravitação Universal.

3. Movimento dos corpos celestes, satélites e naves no espaço.

4. Campo gravitacional. Significado de g.

5. O surgimento do Universo e sua evolução.
4. Fluidos

1. Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos.

2. Pressão em gases. Pressão atmosférica.

3. Empuxo e condições de equilíbrio em fluidos.

4. Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.

Termodinâmica

5. Propriedades e Processos Térmicos
1. Calor, temperatura e equilíbrio térmico.

2. Propriedades térmicas dos materiais: calor específico (sensível), dilatação térmica, condutividade térmica, calor latente (mudanças de fase).

3. Processos de transferência de calor.

4. Propriedades dos Gases Ideais.

5. Interpretação cinética da temperatura e escala absoluta de temperatura.

6. Calor e Trabalho

1. Conservação da energia: equivalente mecânico do calor, energia interna.

2. Máquinas térmicas e seu rendimento.

3. Irreversibilidade e limitações em processos de conversão calor/trabalho.
Ondas, Som e Luz

7. Fenômenos Ondulatórios
1. Ondas e suas características.

2. Ondas mecânicas: propagação, superposição e outras características.

3. Som: propagação e outras características.

4. Luz: propagação, trajetória e outras características.

5. Reflexão, refração, difração e interferência de ondas.

6. Luz: natureza eletromagnética, cor, dispersão.
8. Instrumentos Óticos

1. Imagens obtidas por lentes e espelhos: reflexão e refração.

2. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e lentes corretivas).
Eletromagnetismo

9. Cargas e Campos Eletrostáticos

1. Carga elétrica: quantização e conservação.

2. Campo e potencial elétrico.

3. Interação entre cargas: força e energia potencial elétrica.

4. Eletrização; indução eletrostática.

10. Corrente Elétrica
1. Corrente Elétrica: abordagem macroscópica e modelo microscópico.

2. Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade; condutores e isolantes.

3. Relação entre corrente e diferença de potencial (materiais ôhmicos e não ôhmicos). Circuitos simples.

4. Dissipação de energia em resistores. Potência elétrica.

11. Eletromagnetismo

1. Campos magnéticos e ímãs. Campo magnético terrestre.

2. Correntes gerando campos magnéticos (fios e bobinas).

3. Ação de campos magnéticos: força sobre cargas e correntes.

4. Modelo microscópico para ímãs e propriedades magnéticas dos materiais.

5. Indução eletromagnética. Princípio de funcionamento de eletroímãs, transformadores e motores. Noção de corrente alternada.

6. Fontes de energia elétrica: pilhas, baterias, geradores.

12. Ondas Eletromagnéticas

1. Ondas eletromagnéticas: fontes, características e usos das diversas faixas do espectro eletromagnético.

2. Modelo qualitativo para transmissão e recepção de ondas eletromagnéticas.

3. Descrição qualitativa do funcionamento de comunicadores (rádios, televisores, telefones).

Interações, Matéria e Energia

13. Interações, Matéria e Energia

1. Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de intensidades e alcances.

2. Estrutura da matéria. Modelo atômico: sua utilização na explicação da interação da luz com diferentes meios. Conceito de fóton. Fontes de luz.

3. Estrutura nuclear: constituição dos núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade, fissão e fusão. Energia nuclear.

4. Riscos, benefícios e procedimentos adequados para o uso de radiações.

5. Fontes de energia, seus usos sociais e eventuais impactos ambientais.

 HISTÓRIA

Este programa está constituído por um conjunto de temas que tratam da História do Brasil, da América e Geral, esta última centrada no Mediterrâneo e na Europa. Do candidato, espera-se que, com base no conhecimento desses conteúdos, saiba:

a) operar com os conceitos básicos do saber histórico: com a relação passado-presente e as várias modalidades do tempo-histórico;

b) identificar, distinguir e relacionar fenômenos históricos;

c) que o passado pode ser conhecido através das mais variadas fontes, que vão muito além dos documentos oficiais;

d) que o uso, compreensão e valorização dessas fontes dependem das interpretações dos historiadores e estas, por sua vez, do contexto em que eles vive(ra)m.

PROGRAMA

I – História do Brasil

1. A Pré-história e as origens do homem americano.

2. Populações indígenas do Brasil: experiências antes da conquista, resistências e acomodações à colonização.

3. O sistema colonial: organização política e administrativa.

4. A economia colonial: extrativismo, agricultura, pecuária, mineração e comércio.

5. A interiorização e a formação das fronteiras.

6. Escravos e homens livres na Colônia.

7. Religião, cultura e educação na Colônia.

8. Os negros no Brasil: culturas e confrontos.

9. Rebeliões e tentativas de emancipação.

10. O período joanino e a Independência.

11. Primeiro Reinado e Regência: organização do Estado e lutas políticas.

12. Segundo Reinado: economia, política e manifestações culturais.

13. Escravidão, indígenas e homens livres no século XIX.

14. Imigração e abolição.

15. A crise do Império e o advento da República.

16. Confrontos e aproximações entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (séculos XIX e XX).

17. Movimentos sociais no campo e nas cidades no período republicano.

18. Política e Cultura no Brasil República.

19. As transformações da condição feminina depois da 2ª Guerra Mundial.

20. O sistema político atual.

II – História da América

1. Culturas indígenas: maias, astecas e incas.

2. A conquista da América espanhola: dominação e resistência.

3. As colonizações espanhola e inglesa: aproximações e diferenças.

4. Formas de trabalho compulsório nas Américas no período colonial.

5. Idéias e movimentos pela independência política nas Américas.

6. A formação dos Estados nacionais (América Latina e Estados Unidos).

7. EUA: expansão para o Oeste e Guerra de Secessão.

8. Modernização, urbanização e industrialização na América Latina no século XX.

9. Revoluções na América Latina (México e Cuba).

10. Crise de 1929, New Deal e a hegemonia dos EUA no pós-guerra.

11. Estado e reforma política: Lázaro Cárdenas e Juan Domingo Perón.

12. Militarismo, democracia e ditadura na América Latina no século XX.

13. Manifestações culturais na América no século XX.

14. Questões políticas da atualidade.

III – História Antiga

1. Culturas e Estados no Antigo Oriente Próximo.

2. O mundo grego.

3. O mundo romano.

IV – História Medieval

1. O cristianismo, a Igreja Católica e os reinos bárbaros.

2. Os mundos do Islão e de Bizâncio.

3. Economia, sociedade e política no feudalismo.

4. O desenvolvimento do comércio, o crescimento urbano e a vida cultural.

5. A crise do século XIV.
V – História Moderna

1. O Renascimento.

2. As reformas religiosas e a Inquisição.

3. O Estado moderno e o Absolutismo monárquico.

4. Antigo Regime e Ilustração.

5. As Revoluções inglesas do século XVII e a Revolução francesa de 1789.

6. Revolução industrial e capitalismo.

VI – História Contemporânea

1. A Europa em guerra e em equilíbrio (1789 – 1830): Napoleão, Congresso de Viena e Restauração.

2. A Europa em transformação (1830 – 1871): as revoluções liberais, nacionalistas e socialistas.

3. A Europa em competição (1871 – 1914): imperialismo, neo-colonialismo e belle époque.

4. O capitalismo nos séculos XIX e XX.

5. Classes e interesses sociais em conflito nos séculos XIX e XX.

6. Arte e cultura nos séculos XIX e XX: do eurocentrismo ao multiculturalismo.

7. As duas grandes guerras mundiais (1914 – 1945).

8. As revoluções socialistas: Rússia e China.

9. As décadas de 20 e 30: crises, conflitos e experiências totalitárias.

10. Bipolarização do mundo e Guerra Fria.

11. Descolonização e principais movimentos de libertação nacional na Ásia e África.

12. Os conflitos no mundo árabe e a criação do Estado de Israel.

13. A queda do muro de Berlim, o fim do socialismo real e a desintegração da URSS.

14. Expansão/crescimento do mundo urbano, as novas tecnologias e os novos agentes sociais e políticos.

15. Conflitos étnico-religiosos no final do século XX.

QUÍMICA

A Química exerce um relevante papel no desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do mundo moderno. Neste sentido, é de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo físico, de maneira a poder avaliar criticamente fatos do cotidiano e informações recebidas por diversas fontes de divulgação do conhecimento, tornando-se capaz de tomar decisões enquanto indivíduo e cidadão.

Desse modo, considera-se importante que, em vez de memorização extensa, o candidato demonstre capacidade de observar e descrever fenômenos e de formular para eles modelos explicativos, relacionando os materiais e as transformações químicas ao sistema produtivo e ao meio ambiente.

Na seqüência, são apresentadas algumas considerações sobre o conteúdo programático que é detalhado a seguir.

Espera-se que o vestibulando tenha conhecimento de equações usuais e de nomes e fórmulas químicas das substâncias mais comuns.

Os modelos atômicos deverão restringir-se apenas aos clássicos, não incluindo os modelos quânticos (orbitais atômicos, moleculares e hibridização).

A Tabela Periódica deverá ser entendida como uma sistematização das propriedades físicas e químicas dos elementos e, assim, seu uso estará presente ao longo de todo o programa.

Quanto ao aspecto quantitativo, espera-se do candidato a capacidade de efetuar cálculos estequiométricos elementares, envolvendo grandezas como massa, volume, massa molar, quantidade de matéria, entalpia, etc. Será avaliada, também, a sua habilidade em cálculos que envolvam concentração, percentagens e constantes físico-químicas. Considera-se importante a capacidade de lidar com relações quantitativas, envolvendo as variáveis pressão, volume, temperatura e quantidade de matéria.

As relações de massa e de volume, assim como os cálculos estequiométricos, deverão ser encarados como conseqüências diretas da existência de átomos, que tomam parte em proporções definidas na constituição das substâncias.

No tocante à Química Orgânica, espera-se que o candidato tenha a capacidade de reconhecer grupos funcionais e de entender os principais tipos de reações, sabendo aplicá-los aos compostos mais simples. Considera-se importante o conhecimento das propriedades e dos usos de algumas substâncias relevantes para a atividade humana, em especial, das substâncias de importância industrial (petróleo, gás natural, álcoois, sabões e detergentes, macromoléculas naturais e sintéticas).

A experimentação, tanto a realizada em âmbito estrito de laboratório, quanto a realizada de maneira menos formal, mas sistematizada, no cotidiano, constitui aspecto fundamental do aprendizado da Química. Assim sendo, todos os itens do programa poderão envolver experimentação científica. Espera-se que o candidato tenha habilidades específicas, tais como registrar e analisar dados, organizá-los em tabelas e gráficos, reconhecer a finalidade de materiais de laboratório em montagens experimentais, propor materiais adequados para a realização de experimentos, bem como tenha conhecimento de aparelhagens de laboratório usadas em operações básicas como filtração, destilação e titulação.

As questões formuladas no vestibular conterão todos os dados necessários e avaliarão, principalmente, habilidades de compreensão, interpretação e análise das informações recebidas.

PROGRAMA

1. TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

A existência de relações de massa fixas entre reagentes e produtos, permitindo os cálculos estequiométricos, deve ser reconhecida como conseqüência da descontinuidade da matéria, isto é, da presença de átomos e moléculas em sua constituição. O balanceamento de reações, inclusive de oxirredução, constitui requisito importante para a realização de cálculos estequiométricos. Para este fim, também o conhecimento das leis dos gases é fundamental, uma vez que muitas reações envolvem substâncias nesse estado físico.

1.1. Reconhecimento das transformações químicas: mudança de cor, formação/desaparecimento de sólidos numa solução, absorção/liberação de energia, desprendimento de gases.

1.2. Interpretação das transformações químicas

1.2.1. Evolução do modelo atômico: do modelo corpuscular de Dalton ao modelo de Rutherford-Bohr.

1.2.2. Átomos e moléculas: número atômico, número de massa, isótopos, massa molar e constante de Avogadro.

1.2.3. Reações químicas.

1.3. Representação das transformações químicas

1.3.1. Representação simbólica dos elementos e substâncias.

1.3.2. Equação química, balanceamento, número de oxidação.

1.4. Aspectos quantitativos das transformações químicas

1.4.1. Leis de Lavoisier, Proust e Gay-Lussac.

1.4.2. Leis dos gases, equação de estado do gás ideal.

1.4.3. Cálculos estequiométricos: massa, volume, mol, massa molar, volume molar dos gases.

2. PROPRIEDADES E UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS

Espera-se o conhecimento de algumas substâncias importantes na economia do País, em termos da ocorrência das matérias-primas, da produção industrial, das propriedades, da utilização e do descarte dessas substâncias. Conhecer as ligações químicas nos elementos e nos compostos que constituem tais substâncias é essencial. Interações intermoleculares precisam ser reconhecidas como determinantes de propriedades físicas de substâncias, tais como temperatura de ebulição e solubilidade.

2.1. Elementos e suas substâncias.

2.1.1. A tabela periódica: reatividade dos metais alcalinos, metais alcalino-terrosos e halogênios.

2.1.2. Estados físicos da matéria – mudanças de estado.

2.1.3. Separação de componentes de mistura: filtração, decantação, destilação simples e fracionada, cristalização e cromatografia em papel.

2.2. Metais.

2.2.1. Alumínio, cobre e ferro: ocorrência, obtenção industrial, propriedades e utilização.

2.2.2. Ligas: latão, bronze e aço.

2.2.3. Ligação metálica.

2.3. Substâncias iônicas.

2.3.1. Principais compostos dos grupos: cloreto, carbonato, sulfato, nitrato e fosfato e suas aplicações.

2.3.2. Ligação iônica.

2.4. Substâncias moleculares.

2.4.1. Hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, cloro, amônia: propriedades e usos.

2.4.2. Ligação covalente.

2.4.3. Polaridade das ligações.

2.4.4. Interações intermoleculares: van der Waals e ligação de hidrogênio.

2.5. A indústria química.

2.5.1. Obtenção e aplicações industriais de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, cloro, hidróxido de sódio, amônia, óxido de cálcio, ácido clorídrico, ácido sulfúrico e ácido nítrico.

2.5.2. Implicações ambientais da produção e da utilização desses produtos industriais.

2.6. Ciclos de dióxido de carbono, enxofre e nitrogênio na natureza. Implicações ambientais.

3. A ÁGUA NA NATUREZA

É imprescindível notar que, apesar de a água ser abundante na Terra, sua disponibilidade na forma de água potável, ou mesmo para uso industrial, é extremamente limitada. O adensamento populacional e a expansão da atividade industrial vêm, de um lado, aumentando a demanda por água e, de outro, reduzindo sua oferta, este último fator ocorrendo em virtude da crescente poluição da água. Um tratamento mais sofisticado da água torna-se necessário e o tratamento de esgotos, imperativo. As propriedades da água, tais como sua capacidade de dissolver substâncias, seu calor de vaporização e seu calor específico, devem servir de base para o entendimento de sua importância na Terra e das medidas que podem ser tomadas para aumentar sua disponibilidade.

As propriedades de ácidos e bases precisam ser conhecidas para permitir distinguir essas substâncias entre si e de outras. A ação de ácidos, inclusive de ácidos oxidantes, sobre alguns metais, é de grande importância.

3.1. Estrutura da água, propriedades, importância para a vida e seu ciclo na natureza.

3.2. Interações da água com outras substâncias.

3.2.1. Processo de dissolução, curvas de solubilidade.

3.2.2. Concentrações (percentagem, ppm, g/L, mol/L).

3.2.3. Aspectos qualitativos dos efeitos do soluto nas seguintes propriedades da água: pressão de vapor, temperatura de congelamento, temperatura de ebulição e pressão osmótica.

3.3. Estado coloidal.

3.3.1. Caracterização e propriedades.

3.3.2. Aplicações práticas.

3.4. Ácidos, bases, sais e óxidos

3.4.1. Ácidos e bases (conceito de Arrhenius).

3.4.2. Principais propriedades dos ácidos e bases: indicadores, condutibilidade elétrica, reação com metais, reação de neutralização.

3.4.3. Usos de ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, amônia e hidróxido de sódio.

3.4.4. Óxidos de carbono, nitrogênio, enxofre, metais alcalinos, metais alcalino-terrosos; interação com água; poluição atmosférica.

3.5. Poluição e tratamento da água.

4. DINÂMICA DAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

É importante reconhecer os fatores que influem na velocidade das reações químicas e ter familiaridade com gráficos de concentração de reagentes e produtos em função do tempo. É fundamental a caracterização de equilíbrios químicos, tanto em fase gasosa, quanto em solução, incluindo-se a dissociação de ácidos e a hidrólise de sais de ácidos fracos e bases fracas. O conhecimento da perturbação de equilíbrios e dos fatores que a desencadeiam é considerado essencial. Espera-se do candidato a capacidade de realização de cálculos simples envolvendo constantes de equilíbrio.

4.1. Velocidade das transformações químicas.

4.1.1. Fatores que influenciam a velocidade da reação.

4.1.2. Colisões moleculares. Energia de ativação.

4.2. Equilíbrio em transformações químicas.

4.2.1. Caracterização macroscópica e microscópica (dinâmica) do estado de equilíbrio.

4.2.2. Constante de equilíbrio.

4.2.3. Perturbação do equilíbrio.

4.2.4. Produto iônico da água, pH.

4.2.5. Equilíbrios em solução envolvendo ácidos, bases e sais.

5. ENERGIA NAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

A compreensão das manifestações de calor que acompanham transformações químicas, incluindo-se a fusão, a vaporização e a dissolução, é essencial. Assim, é importante saber calcular a variação de entalpia numa transformação química a partir de entalpias de formação, entalpias de combustão ou de variações de entalpia em outras reações, bem como a partir de energias de ligação. Espera-se do candidato o reconhecimento dos componentes de pilhas e cubas eletrolíticas e a compreensão dos fenômenos que ocorrem nesses processos. Os potenciais padrão de redução devem ser entendidos como uma quantificação da série eletroquímica.

5.1. Transformações químicas e energia térmica.

5.1.1. Calor nas transformações químicas. Entalpia.

5.1.2. Princípio da conservação da energia, energia de ligação.

5.2. Transformações químicas e energia elétrica.

5.2.1. Produção de energia elétrica: pilha.

5.2.2. Consumo de energia elétrica: eletrólise.

5.2.3. Representação das transformações que ocorrem na pilha e no processo de eletrólise por meio de equações químicas balanceadas.

5.2.4. Interpretação e aplicação de potenciais padrão de redução.

6. TRANSFORMAÇÕES NUCLEARES NATURAIS E ARTIFICIAIS

Neste item são importantes o conhecimento das propriedades e da origem de raios alfa, beta e gama, a representação de reações nucleares e o conceito de meia-vida e sua aplicação.

6.1. Conceitos fundamentais da radioatividade: emissões alfa, beta e gama; propriedades.

6.2. Reações nucleares: fissão e fusão nucleares.

6.3. Radioisótopos e meia-vida

6.4. Usos da energia nuclear e implicações ambientais

7. COMPOSTOS ORGÂNICOS

Os compostos orgânicos ocupam posição privilegiada na Química, não só pelo fato de constituírem a maioria dos compostos conhecidos, mas também por sua importância para a vida e presença em nosso cotidiano, na forma de uma variedade de materiais com que temos contacto. Assim sendo, o conhecimento das principais funções orgânicas é essencial, bem como de alguns compostos mais comuns, sendo, nesse caso, desejável conhecer nomes oficiais e usuais e fórmulas estruturais. Noções sobre alguns tipos de compostos, tais como gorduras, detergentes e polímeros são necessárias, devido à presença marcante deles em nosso dia-a-dia.

7.1. Características gerais.

7.1.1. Fórmulas estruturais; reconhecimento das principais classes de compostos (hidrocarbonetos, álcoois, éteres, haletos de alquila, aminas, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres e amidas). Isomeria.

7.1.2. Propriedades físicas dos compostos orgânicos.

7.1.3. Fórmulas estruturais e nomes oficiais de compostos orgânicos simples contendo apenas um grupo funcional. Nomes usuais: etileno, acetileno, álcool metílico, álcool etílico, formaldeído, acetona, ácido acético, tolueno.

7.2. Reações em química orgânica: Principais tipos de reação: substituição, adição, eliminação, oxidação, redução, esterificação e hidrólise ácida e básica.

7.3. Química orgânica no cotidiano.

7.3.1. Hidrocarbonetos. Petróleo e gás natural: origem, ocorrência e composição; destilação do petróleo (principais frações: propriedades e usos); combustão; implicações ambientais. Etileno, acetileno, benzeno, tolueno e naftaleno; propriedades e usos.

7.3.2. Álcoois: produção de etanol: fermentação alcoólica; álcoois como combustíveis: metanol e etanol; implicações ambientais.

7.3.3. Triglicerídeos (gorduras e óleos), sabões e detergentes. Obtenção, propriedades e usos.

7.3.4. Macromoléculas. Polímeros naturais: carboidratos e proteínas; estrutura e propriedades. Polímeros sintéticos: polímeros de adição (polietileno, poliestireno, PVC e teflon) e polímeros de condensação (poliéster e poliamida); estrutura, propriedades, produção e uso, reciclagem e implicações ambientais.

MATEMÁTICA

Conhecimentos matemáticos são aplicados na interpretação de fenômenos, em diferentes áreas da ciência, nas atividades tecnológicas e cotidianas. O cidadão necessita da capacidade de leitura e interpretação de informações por gráficos ou outras formas de linguagem matemática, de percepção da coerência ou não de uma argumentação, bem como da competência para formular suas próprias idéias de forma consistente, para uma inserção crítica e autônoma na sociedade contemporânea.

Dentro deste espírito, espera-se que o candidato demonstre possuir domínio da linguagem básica e compreensão dos conceitos fundamentais da Matemática, tratados no ensino fundamental e médio, de forma a saber aplicá-los em situações diversas e relacioná-los entre si e com outras áreas do conhecimento. Ele deve saber reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito, relacionar procedimentos associados às diferentes áreas, analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da realidade. Será priorizada a avaliação da capacidade de raciocínio, sem dar ênfase à memorização de fórmulas, à mecanização de técnicas ou a cálculos excessivos, desvinculados de contexto significativo ou de aplicações relevantes, dentro ou fora da Matemática.

Na 1ª fase do vestibular, o objetivo é avaliar o candidato quanto ao domínio e utilização da linguagem e quanto à compreensão de conceitos e procedimentos da matemática elementar, bem como quanto à capacidade de aplicá-los na resolução de problemas.

Na 2ª fase, além destes aspectos, pretende-se também avaliar o candidato quanto ao domínio de conceitos, ferramentas e procedimentos matemáticos necessários para o aprofundamento de estudos em áreas de ciências exatas, bem como quanto à capacidade de utilizá-los em situações-problema mais abstratas.

PROGRAMA

1. CONCEITOS E RELAÇÕES NUMÉRICAS BÁSICAS E APLICAÇÕES

Conhecer os problemas nodais que impulsionaram a necessidade de ampliação dos campos numéricos e dominar os conceitos básicos que deles surgiram, proporciona, ao indivíduo, uma inserção mais completa na cultura universal desenvolvida por homens e mulheres ao longo da História.

O cidadão freqüentemente necessita lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, etc. Daí a importância da Matemática Financeira com suas aplicações práticas.

Sistemas lineares e matrizes são instrumentos da linguagem matemática na modelação de situações-problema, além de representarem técnicas de grande utilidade para outros domínios da matemática de nível superior.

Tópicos

1.1. Números inteiros: compreensão dos algoritmos das quatro operações fundamentais no sistema decimal de numeração, divisibilidade e a decomposição em fatores primos.

1.2. Insuficiência dos números inteiros para a comparação de grandezas e para medir partes de um todo: razões e proporções; os números racionais; operações e a relação de ordem entre números racionais; representação decimal dos números racionais e sua relação com PG.

1.3. Insuficiência dos números racionais para medir segmentos a partir de uma unidade fixada; o conceito de número irracional e a representação decimal dos números reais.

1.4. Insuficiência dos números reais para a resolução de equações algébricas de 2º e 3º graus; o conceito de número complexo e suas representações – geométrica, algébrica e trigonométrica; interpretação algébrica e geométrica das operações e das raízes de números complexos – raízes da unidade.

1.5. Matemática financeira como instrumento para a resolução de problemas: os conceitos de porcentagem, juro simples e juro composto e sua relação com PA e PG, respectivamente.

1.6. Sistemas lineares e matrizes como organização e sistematização de informações; discussão e resolução de sistemas lineares (de até 4 equações e até 4 incógnitas) por escalonamento ou por substituição de variáveis.

2. GEOMETRIA

A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade. É inegável a importância de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e espaciais, presentes na natureza ou imaginadas, através de seus elementos e propriedades, bem como de poder representá-las por meio de desenho geométrico.

Na resolução de diferentes situações-problema, seguramente se faz necessária uma boa capacidade de visão geométrico-espacial, o domínio das idéias de proporcionalidade e semelhança, a compreensão dos conceitos de comprimento, área e volume, bem como saber calculá-los. Deve-se salientar que a semelhança de triângulos permitiu o desenvolvimento da trigonometria do triângulo retângulo, criada para solucionar problemas práticos de cálculo de distâncias inacessíveis. Por outro lado, as noções de semelhança e congruência nos remetem também aos fundamentos da própria Geometria.

Saber utilizar as coordenadas cartesianas de pontos no espaço possibilita a descrição de objetos geométricos numa linguagem algébrica, ampliando consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução de problemas geométricos, por meio da interação entre essas duas áreas da matemática.

Tópicos

2.1. Características, elementos e propriedades geométricas (tais que: vértices, arestas, lados, alturas, ângulos, focos, diretrizes, convexidade, número de diagonais,…) das seguintes figuras planas e espaciais: polígonos, círculos, setores circulares, elipses, parábolas, hipérboles, prismas, pirâmides, esfera, cilindros, cones e troncos.

2.2. Congruência e Semelhança de figuras planas e espaciais. Razões entre comprimentos, áreas e volumes de figuras semelhantes. Teorema de Tales e aplicações: problemas envolvendo semelhança, somas dos ângulos internos e externos de polígonos. Casos de semelhança e congruência de triângulos e aplicações. Trigonometria do triângulo retângulo como instrumento para a resolução de problemas: seno, cosseno e tangente de ângulos agudos como razão de semelhança nos triângulos retângulos.

2.3. Eixos e planos de simetrias de figuras planas ou espaciais. Reconhecimento das secções planas de cones e as definições de elipse, parábola e hipérbole como lugar geométrico. Aplicações.

2.4. Relações métricas nas figuras geométricas planas e espaciais. O teorema de Pitágoras: lei dos senos e cossenos, aplicações em problemas bi e tridimensionais tais que: cálculo de diagonais, alturas, raios, etc. Comprimentos (ou perímetros), áreas (ou superfícies de sólidos) e volumes.

2.5. Construções com régua e compasso no plano: retas perpendiculares e paralelas; mediatriz de segmento; divisão de segmentos em partes proporcionais; bisseção de ângulos; polígonos regulares (inscritos e circunscritos); triângulos quaisquer (com a determinação de seus elementos). Problemas de tangência, envolvendo circunferências.

2.6. Geometria Analítica: coordenadas cartesianas de pontos no plano e no espaço. Distância entre pontos no plano e no espaço e problemas bi e tridimensionais simples envolvendo esses conceitos. Equações de retas no plano: significado dos coeficientes na equação normal, paralelismo e perpendicularismo; distância de ponto a reta. Equações de circunferências no plano: reconhecimento do centro, raio, retas secantes e tangentes. Aplicações. Equações e inequações a duas incógnitas como representação algébrica de Lugares Geométricos no plano.

3. FUNÇÕES

Mais recentes na História da Matemática do que os Números, a Geometria ou a Álgebra, as funções têm um papel de grande destaque no interior daquela disciplina por serem instrumentos eficazes na modelagem de problemas reais ou imaginados e por fornecerem formas eficientes de estudá-los. Assim, por exemplo, é importante entender que fenômenos periódicos são descritos principalmente com funções trigonométricas; que certas situações de crescimento ou decrescimento rápido podem ser representadas por funções exponenciais; que distâncias podem ser expressas utilizando a função módulo e que a função logaritmo surgiu para permitir simplificações no cálculo de produtos ou potências dos números com muitos dígitos que astrônomos ou navegadores necessitavam manipular, no século XVI.

A linguagem gráfica, sob várias apresentações, por sua comunicação direta e global, ganha cada vez mais destaque na era da comunicação. Ganham, assim, relevância especial não só a capacidade de leitura e interpretação de gráficos funcionais, conferindo significado às variações das grandezas envolvidas, mas também a competência de saber analisá-los para estimar resultados e fazer previsões. Por outro lado, no que tange à interação entre diferentes áreas da própria Matemática, os gráficos funcionais são ferramentas importantes para tornar mais significativas as resoluções de equações e inequações algébricas.

Tópicos

3.1. A noção de função como instrumento para lidar com variação de grandezas. Os conceitos de domínio e imagem. Caracterizações e representações gráficas e algébricas das seguintes funções: funções módulo, polinomiais de 1º e 2º graus, raiz quadrada, f(x)=xn, f(x)=1/x, f(x)=1/x², funções exponenciais e logarítmicas (cálculo de valores aproximados em casos de expoentes irracionais) e as funções seno, cosseno e tangente (definições geométricas no ciclo trigonométrico e valores nos arcos notáveis) e suas transladadas. Aplicações.

3.2. Reconhecimento e interpretação de gráficos de funções: domínio, imagem, valores destacados no gráfico (máximos, mínimos, zeros), biunivocidade, periodicidade, simetrias, intervalos de crescimento e decrescimento, análise da variação da função. Aplicações em situações-problema de contexto variado, incluindo estimativas ou previsões de valores.

Equações e inequações envolvendo funções: resoluções gráficas e algébricas. Identidades funcionais importantes: princípio de identidade polinomial, produtos notáveis e fatoração de polinômios, principais identidades trigonométricas, propriedades básicas de logaritmos e exponenciais. Desigualdade triangular para módulos. Aplicações em situações-problema.

4. COMBINATÓRIA, PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

O desenvolvimento do espírito crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de vários tipos de situações da vida em sociedade, exige do cidadão que seja bem informado. Estatísticas e probabilidades estão cada vez mais presentes nos meios de comunicações como forma de apresentação de informações. Pesquisas de opinião, pesquisas sobre preços, sobre epidemias e outros temas de interesse social, ambiental ou econômico são noticiadas freqüentemente, sempre permeadas de porcentagens ou outros indicadores, de gráficos, tabelas e, não raro, inferindo conseqüências prováveis e forjando opiniões.

Para poder interpretar de forma autônoma e crítica tais informações, o indivíduo deve ser capaz de compreender bem a linguagem pictográfica, compreender a importância da amostra para as conclusões de uma pesquisa e ter claro que a atribuição de probabilidades é, sobretudo, uma forma de quantificar a incerteza quanto ao resultado a ser obtido. Em diferentes áreas e atividades profissionais, são de grande utilidade as capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizar processos de contagem em situações-problema, representar freqüências relativas, construir espaços amostrais e calcular probabilidades.

Ressaltamos que, na resolução de problemas de contagem, o importante é a habilidade de raciocínio combinatório. É fundamental valorizar o desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a organização dos dados em agrupamentos que possam ser contados corretamente, tendo em vista que a mera aplicação de fórmulas não nos permite resolver a maior parte dos problemas de contagem.

Tópicos

4.1. Problemas de contagem: o princípio fundamental da contagem, o princípio aditivo, a divisão como um processo de redução de agrupamentos repetidos. Resolver problemas envolvendo a contagem de diferentes tipos de agrupamentos. Binômio de Newton.

4.2. Probabilidade de um evento num espaço equiprovável: construção de espaços amostrais finitos e representação através de freqüências relativas. Probabilidade da união e da interseção de eventos. Eventos disjuntos. O conceito de independência de eventos. Probabilidade condicional. Aplicação de probabilidade em situações-problema.

4.3. População e amostra. Estatística descritiva: tratamento da informação obtida com a organização e interpretação de dados em tabelas e gráficos. Significado e aplicação de medidas de tendência central (média, mediana e moda) e de dispersão (desvio-médio, desvio-padrão e variância).

GEOGRAFIA

A prova da FUVEST, na área de Geografia, objetiva avaliar o nível de apropriação e a capacidade da correta aplicação de um conjunto de conceitos e informações relativos ao espaço geográfico, que abrange sociedade e natureza em suas especificidades e interrelações. Esse tipo de conhecimento constitui-se no instrumental mínimo para introdução do indivíduo na análise, síntese e interpretação crítica da realidade contemporânea mundial e brasileira.

Assim, espera-se do candidato egresso do Ensino Médio não só a apropriação de repertório, informações e linguagem, em diversas escalas, relativos ao espaço geográfico, mas também a capacidade de experimentar, de forma crítica e coerente, alguns níveis de compreensão da produção e da transformação do mundo em que vive.

Os conceitos-chave com os quais a Geografia lida, seu vasto campo de investigação e suas abordagens multiescalares, permitem classificá-la como uma das áreas mais fecundas para o exercício da interdisciplinaridade e para a superação de leituras e interpretações fragmentadas da realidade.

Dessa forma, sem negligenciar os conteúdos e informações substanciais para tal superação, espera-se avaliar a capacidade do candidato quanto a:

Caracterização e compreensão da sociedade e da natureza, em suas especificidades e interrelações.

Compreensão do espaço geográfico: produção, paisagens, organização e transformação.

Compreensão de fatos e processos sociais e naturais como fatos dinâmicos e analisáveis em diversas e complementares escalas de observação.

Compreensão do mundo atual por meio dos processos de transformação que o trabalho social imprime à natureza.

Identificação de relações entre a realidade brasileira e os processos gerais que regem a sociedade contemporânea, tanto no que se refere à natureza – apropriada, transformada e revalorizada – quanto no que se refere à sociedade propriamente dita.

Conhecimento e utilização das técnicas de localização e representação do espaço geográfico.

PROGRAMA

I – O espaço mundial. Desigualdades sócio espaciais das atividades econômicas, população, trabalho e tempo livre, centros de poder e conflitos atuais.

1 – A distribuição territorial das atividades econômicas. A natureza como recurso para o desenvolvimento das atividades econômicas: extrativismo, coleta e produção agropecuária. A utilização dos recursos naturais e os impactos ambientais.

1.1 – Os processos de industrialização, urbanização e metropolização e o desenvolvimento desigual dos países.

1.1.1 – Os grandes centros econômicos e sua organização territorial: Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental.

1.1.2 – Diversidade geográfica e socioeconômica da América Latina, África, Ásia e Oceania.

1.2 – A integração dos países pelas redes

 

ANEXO III

TABELA DE VAGAS PARA O CONCURSO VESTIBULAR DE 2009

ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

Unidade

Cursos

    Vagas
DIURNAS*

     Vagas NOTURNAS

  Vagas
TOTAIS

EACH
USP Leste

Bacharelado em Sistemas de Informação

Licenciatura em Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

M-60

M-60

N-120

N-60

180

120

EEL
Lorena
Engenharia de MateriaisEngenharia Bioquímica

Engenharia Química

Engenharia Industrial Química

I-40

I-40

D-80

N-80

40

40

80

80

EESC 

 

 

 

 

 

EESC/ICMC

Engenharia CivilEngenharia Elétrica (Ênfase em Eletrônica)

Engenharia Elétrica (Ênfase em Sistemas de Energia e Automação)

Engenharia Mecânica

Engenharia de Produção Mecânica

Engenharia Aeronáutica

Engenharia Ambiental

Engenharia Mecatrônica

Engenharia de Computação (São Carlos)

I-60

I-50

I-50

I-50

I-50

I-40

I-40

I-50

I-50


60

50

50

50

50

40

40

50

50

EP Engenharia Civil e Engenharia Ambiental Engenharia Elétrica

Engenharia Mecânica e Engenharia Naval

Engenharia Química, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas e Engenharia de Petróleo

Engenharia de Computação e Engenharia Elétrica (Ênfase Computação)

Engenharia Mecânica – Automação e Sistemas (Mecatrônica)

Engenharia de Produção

I-180

I-140

I-110

I-120

I-70

I-60

I-70

180

140

110

120

70

60

70

FFCLRP Química – Bacharelado – Habilitações: Química Bacharelado; Química Forense; e Química Tecnológica, Biotecnologia e AgroindústriaFísica Médica

Licenciatura em Química

Matemática Aplicada a Negócios – Bach. (Ribeirão Preto)

I-60

D-45

N-40

N-40

60

40

40

45

FMRP/FFCLRP Informática Biomédica

D-40

40

FZEA Engenharia de Alimentos Engenharia de Biosssistemas (Pirassununga)

D-50

I-60

N-50

100

60

IAG Geofísica – BachareladoMeteorologia

Astronomia

I-30

D-30

I-15

30

30

15

ICMC Ciências da Computação – Bach.Matemática – Bach. e Licenciatura

Matemática Aplic. e Comput. Científica

Informática – Bacharelado

Estatística – Bacharelado (São Carlos)

I-100

I-30

D-25

N-40

N-40

100

30

25

40

40

IF Física – BachareladoFísica – Licenciatura

D-60

D-50

N-100

N-60

160

110

IFSC 

IFSC/IQSC/ICMC

Física – BachareladoCiências Físicas e Biomoleculares – Bach.

Física Computacional – Bach.

Ciências Exatas – Licenciatura (São Carlos)

I-40

I-40

I-40

N-50

40

40

40

50

IG GeologiaGeociências e Educação Ambiental – Lic.

I-50

N-40

50

40

IME Ciência da Computação – Bach.Matemática – Licenciatura

Estatística – Bacharelado

Matemática – Bacharelado

Matemática Aplicada – Bacharelado

Matemática Aplicada e Computacional – Bach.

D-50

D-50

D-40

D-30

D-20

N-100

N-50

50

150

40

30

20

50

IQ Química – Bacharelado/LicenciaturaLicenciatura em Química

Química Ambiental – Bacharelado

I-60

N-30

N-30

60

30

30

IQSC Química (Bacharelado e Bacharelado com Atribuições Tecnológicas com ênfases em Alimentos, Ambiental, Gestão de Qualidade e Materiais) (São Carlos)

I-60

60

IO Oceanografia – Bacharelado

I-40

40

 

Sub-Total

2585

930

3.515

* Vagas diurnas: I-Integral; M-Matutino; V-Vespertino; D-Diurno

ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Unidade

Cursos

Vagas
DIURNAS *
Vagas
NOTURNAS
Vagas
TOTAIS

EACH
USP Leste

Bach. em Ciências da Atividade Física

Curso de Graduação em Gerontologia

Curso de Graduação em Obstetrícia

V-60V-60

V-60

6060

60

EEFE

Educação Física – Bach. e Lic.

Esporte – Bach.

I-50I-50 5050

EEFE/RP

Educação Física – Ribeirão Preto

I-60 60

EE

Enfermagem – Bach. e Lic.

I-80 80

EERP

Enfermagem – Bacharelado

Enfermagem – Licenciatura (Ribeirão Preto)

I-80 N/V-50 8050

ESALQ

Engenharia Agronômica

Engenharia Florestal

Ciências dos Alimentos – Bach.

Ciências Biológicas – Bach. e Lic. (Piracicaba)

I-200I-40

N-40

N-30

20040

40

30

FCF

Farmácia-Bioquímica

I-75 N-75 150

FCFRP

Farmácia-Bioquímica (Ribeirão Preto)

I-50 N-30 80

FFCLRP

Psicologia – Bach./Lic. e Psicólogo

Ciências Biológicas – Bach./Lic. (Ribeirão Preto)

I-40I-40 4040

FM

Medicina

Fisioterapia

Fonoaudiologia

Terapia Ocupacional

I-175I-25

I-25

I-25

17525

25

25

FMRP

Ciências Médicas

Fisioterapia

Terapia Ocupacional

Nutrição e Metabolismo

Fonoaudiologia (Ribeirão Preto)

I-100

D-30

D-30

N/V-40

N/V-20

10040

20

30

30

FMVZ

Medicina Veterinária

I-80 80

FO

Odontologia

I-83 N-50 133

FOB

Odontologia

Fonoaudiologia (Bauru)

I-50I-40 5040

FORP

Odontologia (Ribeirão Preto)

I-80 80

FSP

Nutrição

M-40 N-40 80

FZEA

Zootecnia

Medicina Veterinária (Pirassununga)

I-40I-60 4060

IB

Ciências Biológicas – Bach./Lic.

I-60 N-60 120

IP

Psicologia – Bach./Lic. e Psicólogo

I-70 70

 

Sub-Total

1.958 435 2.393

* Vagas diurnas: I – Integral; M – Matutino; V – Vespertino; D – Diurno

ÁREA DE HUMANIDADES

Unidade

Cursos

Vagas
DIURNAS *

Vagas
NOTURNAS

Vagas
TOTAIS

EACH
USP Leste

Bach. em Têxtil e Moda

Bacharelado em Lazer e Turismo

Bacharelado em Gestão Ambiental

Curso de Gestão de Políticas Públicas

Marketing

M-60

V-60

M-60

M-60

M-60

N-60

N-60

N-60

N-60

60

120

120

120

120

ECA

Artes Cênicas – Bacharelado

Artes Cênicas – Licenciatura

Artes Plásticas – Bach. e Lic.

Música – Bach. e Lic.

Biblioteconomia

Turismo

Com. Social: Publicidade e Propaganda

Com. Social: Editoração

Com. Social: Jornalismo

Com. Social: Relações Públicas

Curso Superior do Audiovisual

Música – Bach. e Lic. (Ribeirão Preto)

D-15

D-10

D-30

D-35

M-15

M-20

M-15

M-30

M-20

D-35

I-30

N-20

N-30

N-30

N-30

N-30

15

10

30

35

35

30

50

15

60

50

35

30

EESC

Arquitetura e Urbanismo (São Carlos)

I-30

30

ESALQ

Ciências Econômicas – Bacharelado

Gestão Ambiental – Bacharelado (Piracicaba)

D-40

N-40

40

40

FAU

FAU/ECA/EP/FEA

Arquitetura e Urbanismo

Design

I-150

N-40

150

40

FD

Direito

M-225

N-235

460

FDRP

Direito

I-100

100

FEA

Administração

Atuária

Ciências Contábeis

Economia (São Paulo)

D-100

D-50

D-90

N-110

N-50

N-100

N-90

210

50

150

180

FEARP

Administração

Ciências Contábeis

Economia

Economia Empresarial e Controladoria (Ribeirão Preto)

D-60

D-70

N-45

N-45

N-45

105

45

45

70

FE

Pedagogia (São Paulo)

V-60

N-120

180

FFCLRP

Pedagogia

Ciências da Informação e da Documentação – Bacharelado (Ribeirão Preto)

N-50

N-40

50

40

FFLCH

Ciências Sociais – Bach./Lic.

Filosofia – Bach./Lic.

Geografia – Bach./Lic.

História – Bach./Lic.

Letras – Básico

V-100

V-80

D-80

V-130

M-422

N-110

N-90

N-90

N-140

N-427

210

170

170

270

849

IRI/Interunidades

Relações Internacionais – Bacharelado

V-30

N-30

60

 

Sub-Total

2.372

2.277

4.649

 

Total Geral de Vagas

6.915

3.642

10.557

* Vagas diurnas: I – Integral;   M – Matutino;   V – Vespertino;   D – Diurno